domingo, 15 de fevereiro de 2015

Abrace-me

Um homem,
Mergulhou-se em seu mundo.
Voou rapidamente na direção daquela montanha.
Lá encontrou, majestosamente sentada em seu trono de natureza, uma mulher.
De seu ventre exalava-se a vida. De seu cabelo, a brisa gelada e gostosa que ele sentia. De seu olhos, 
um convite.
Ele adentrou as portas do olhar.
E logo sentiu a calma de uma manhã fria e chuvosa.
Teve vontade de repousar em sua língua, porém sabia que deveria continuar. Ficou ali por um instante.
Caminhou mais um pouco e já podia sentir aquele ilustre vermelho o convidando para um glorioso abraço, e o envolveu.
Ver a chuva cair. Andar descalço na água. Se afogar no alaranjado pôr-do-sol.
Nada podia igualar-se àquele sentimento.
Mas foi se afastando. Depois de um longo abraço, o vermelho o deixou, sozinho, sem brilho, ser ar, sem cor.
E apenas a cor negra restou. O envolveu tentando confortá-lo, com um sorriso cínico.

E o dominou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário